"Primeiro, toda a criança precisa de um ambiente seguro e protegido que inclua pelo menos uma relação estável, previsível, reconfortante e protectora com uma pessoa adulta, não necessariamente um dos progenitores biológicos, que estabeleça um compromisso pessoal a longo prazo com o bem estar diário da criança, e que tenha os meios, o tempo e as qualidades pessoais para o realizar...
"Segundo, relações consistentes que promovam o desenvolvimento com algumas pessoas que lhe prestam cuidados, incluindo o Educador responsável, desde cedo e durante a infância, são os marcos fundamentais para a competência emocional e intelectual, permitindo que a criança estabeleça um elo de conexão profundo que se desenvolve num sentido de humanismo partilhado e, em última análise de empatia e de compaixão. As relações com os pais e a equipa de educadores do infantário têm de ter esta estabilidade e consistência...
"Terceiro, necessidade de interacções ricas, progressivas... (As crianças) não conseguem desenvolver um sentido na sua própria intencionalidade ou das fronteiras entre o mundo interno e o externo sem trocas íntimas com pessoas que elas conhecem bem e em quem confiam profundamente...
"Quarto, cada criança e família precisa de um ambiente que permita que ambas progridam através dos estádios de desenvolvimento com um estilo próprio, ao seu próprio ritmo...
"Quinto, as crianças necessitam de oportunidades de experimentação, de procura de soluções, de riscos e mesmo de falhanços em tarefas que tentam realizar. A partir da experimentação de diversas abordagens, da procura de novos aliados e da avaliação de todas as opções, emergem a preserverança e a auto-confiança necessárias para ter sucesso em qualquer esforço empreendedor...
"Sexto, as crianças precisam de limites estruturados e claros. Aprendem a construir pontes entre os seus pensamentos e os seus sentimentos quando o seu mundo é previsível e respondente...
"Sétimo, para alcançar estes objectivos, as famílias precisam de vizinhanças e de comunidades estáveis. Os cuidados apropriados, consistentes e profundamente envolventes de que a criança necessita para progredir através dos níveis de desenvolvimento exigem adultos que são maduros, empáticos, e emocionalmente acessíveis...
- Stanley Greenspan (1997, pp. 264-267)
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