sábado, 29 de dezembro de 2007

** Quantas cores o vento tem **

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Tu achas que sou uma selvagem
E conheces o mundo
Mas eu não posso crer
Não posso acreditar

Que selvagem possa ser
Se tu é que não vês em teu redor
Teu redor
Tu pensas que esta terra te pertence

Que o mundo é um ser morto,
Mas vais ver
Que cada pedra, planta ou criatura
Está viva e tem alma é um ser

Tu dás valor apenas às pessoas
Que acham como tu sem se opor
Mas segue as pegadas de um estranho
E terás mil surpresas de esplendor

Já ouviste um lobo Uivando no luar azul
Ou porque ri um Lince com desdém
Sabes vir cantar com as cores da montanha
E pintar com quantas cores o vento tem
E pintar com quantas cores o vento tem

Vem descobrir os trilhos da floresta
Provar a doce amora e o seu sabor
Rolar no meio de tanta riqueza
E não querer indagar o seu valor

Sou a irmã do rio e do vento
A garça a lontra são iguais a mim
Vivemos tão ligados uns aos outros
Neste arco, neste círculo sem fim
Que altura a árvore tem
Se a derrubares não sabe ninguém

Nunca ouvirás o lobo Sob a lua azul
O que é que importa
A cor da pele de alguém
Temos que cantar com as vozes da montanha
E pintar com quantas cores o vento tem

Mas tu só vais conseguir
Esta terra possuir
Se a pintares com
Quantas cores o vento tem

terça-feira, 20 de novembro de 2007

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Diário de Exercício 1




Logo agora que estava a ficar mais motivada para fazer exercício todas as quartas, então não é que vou dar um jeito estúpido às costas e mal ando??? Ora bolas só comigo!!!!

Encontrei uma coisa gira que ilustra a minha figura a correr!!! E esta é só para ti amor eheheh.. um pinguin!!! :)

sábado, 20 de outubro de 2007

As Cem linguagens


A criança é feita de cem.
A criança tem cem mãos,
cem pensamentos,
cem modos de pensar,
de jogar e de falar.
Cem, sempre cem modos de escutar as maravilhas de amar.
Cem alegrias para cantar e compreender.
Cem mundos para descobrir.
Cem mundos para inventar.
Cem mundos para sonhar.
A criança tem cem linguagens
(e depois, cem, cem, cem),

Mas roubaram-lhe noventa e nove.
A escola e a cultura separam-lhe a cabeça do corpo.
Dizem-lhe: de pensar sem as mãos,
de fazer sem a cabeça,
de escutar e de não falar,
de compreender sem alegrias,
de amar e maravilhar-se
só na Páscoa e no Natal.
Dizem-lhe: de descobrir o mundo que já existe
e de cem, roubaram-lhe noventa e nove.
Dizem-lhe: que o jogo e o trabalho,
a realidade e a fantasia,
a ciência e a imaginação,
o céu e a terra,
a razão e o sonho,
são coisas que não estão juntas.
Dizem-lhe: que as cem não existem.
A criança diz: ao contrário, as cem existem.

Loris Malaguzzi

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

O coelhinho Branco


Era uma vez, um coelhinho branco que vivia na sua toca muito confortável.
Estava a fazer o seu almoço e decidiu ir colher umas couvitas na sua horta. Porém, quando voltou para casa, a porta estava fechada. Estava a empurrar a porta quando ouviu de lá de dentro...

- Quem é? Quem está aí?

- Eu sou o coelhinho branco. Fui à horta buscar uma couve para fazer um caldinho...

- E eu sou a cabra cabrês, que te salto em cima e te faço em três!

O coelhinho ficou muito assustado e foi pedir ajuda aos amigos.
Encontrou o boi, o cão e o galo mas nenhum ousou enfrentar a cabra cabrês.
Uma formiga que passava perguntou ao coelhinho branco:

- Porque estás tão triste?

- Fui à horta buscar uma couve para fazer um caldinho... e quando voltei a casa, não pude entrar, estava lá a cabra cabrês que disse: eu sou a cabra cabrês, que te salto em cima e te faço em três!

- O quê? eu vou ajudar-te!

E lá foram até à casa do coelhinho branco... Bateram à porta e:

- Quem é? Quem está aí?

- Eu sou o coelhinho branco. Fui à horta buscar uma couve para fazer um caldinho...

- E eu sou a cabra cabrês, que te salto em cima e te faço em três!

A formiga ficou muito irritada!

- E eu sou a formiga rabiga, que te salto em cima e te furo a barriga!
Depois, entrou pela fechadura e passados uns minutos a cabra cabrês saiu a correr, com o medo que teve da corajosa formiga! E o coelhinho branco pode voltar para a sua casinha...

** Esta é sem dúvida a minha história infantil preferida, e ainda não consegui encontrar este livro à venda... é a história da minha infância, e continua a ser a história que mais gosto de contar em estágios...

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

A Borboleta


Era uma vez uma menina
Tão cheiinha de calor
Abanava um abaninho
Como se fosse uma flor * ** ***

Como se fosse uma flor
Uma rosa ou uma violeta
E em volta dela voasse
Feliz uma borboleta * ** ***

E veio a mãe veio o pai
E disseram: Filha minha!
Não te canses a abanar
Ligamos a ventoinha! * ** **

Veio o avô veio a avó
Com um ar consternado:
Não te canses a abanar
Pomos o ar condicionado! * ** ***

Param as mãos da menina
Uma rosa ou uma violeta
E em suas mãos pequeninas
Adormece a borboleta. * **


Matilde Rosa Araújo
In As fadas verdes

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Esconde esse sorriso


Por sinal
Essa esfera que me tentava sem me olhar
Nada mais era do que um som que me levava a tentar
Fugir de ti
Sair de ti
Uma vez mais
Sem saber porquê desisti p'ra te dizer
Nada mais, quero mais
Se não for assim
Esconde esse sorriso que me faz querer matar por mais
Mais mais, quero mais
Mais mais
Por isso esconde esse sorriso que me faz querer matar por mais
Só assim dá para mim conseguir que não doa mais
Que me deixes ir
Que me libertes de ti
Que não me faças sentir
E eu não quero cair, não me posso entregar
Sem que percebas que não me podes julgar
E eu quero tentar poder acreditar que o aperto cá dentro um dia vai acabar
O monstro em mim não irá socumbir
Não desfalece por não conseguir que olhes p'ra mim que me faças existir
Por isso esconde esse sorriso que me faz querer matar por mais
Mais mais quero mais
Mais mais
Por isso esconde esse sorriso que me faz querer matar por mais
Mais mais quero mais
Mais mais
Por isso esconde esse sorriso que me faz querer matar por mais


(Pedro Khima - Esfera)

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Reflection


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Look at me
You may think you see
Who I really am
But you’ll never know me
Every day, is as if I play apart
Now I see
If I wear a mask
I can fool the world
But I can not fool
My heart
Who is that girl I see
Staring straight back at me?
When will my reflection show
Who I am inside?
I am now
In a world where I have to
Hide my heart
And what I believe in
But somehow
I will show the world
What’s inside my heart
And be loved for who I am
Who is that girl I see
Staring straight back at me?
Why is my reflection
Someone I don’t know?
Must I pretend that i’m
Someone else for all time?
When will my reflection show
Who I am inside?
There’s a heart that must
Be free to fly
That burns with a need
To know the reason why
Why must we all conceal
What we think
How we feel
Must there be a secret me
I’m forced to hide?
I won’t pretend that i’m
Someone else
For all time
When will my reflections show
Who I am inside?
When will my reflections show
Who I am inside?

Spider Pig :)

Porque sou fã dos simpsons desde pequena... e porque gosto de Crianças... O Homer, não pára de me surpreender :)

quarta-feira, 6 de junho de 2007

*** As fadas ***


Tocar

A Lua está lá no céu

Quem é que a vai tocar?

São duas mãos pequeninas

Que não se podem queimar

E as estrelas lá no céu

Quem é que as vai tocar?

São duas mãos com anéis

De brilhantes a brilhar

E os pássaros lá no céu

Quem é que os vai tocar?
Pássaros em liberdade

Ninguém os deve buscar.

Matilde Rosa Araújo

in As Fadas Verdes, Editora Civilização, Porto, 1994.

terça-feira, 5 de junho de 2007

"Um Gato chamado Gatinho"





Recebi recentemente um livro muito lindo, que recomendo vivamente a todos aqueles, que, tal como eu têm uma forte paixão por o animal mais lindo do planeta... os gatos... o livro chama-se "Um gato chamado Gatinho" e é da autoria de Ferreira Gullar...






Decidi deixar aqui um poema do livro que acho que é simplesmente fofo... LOL






O ron-ron do gatinho



O gato é uma maquininha

que a natureza inventou;

tem pelo, bigode, unhas

e dentro tem um motor.


Mas um motor diferente

desses que tem nos bonecos

porque o motor do gato

não é um motor elécftrico.


É um motor afectivo

que bate em seu coração

por isso ele faz ron-ron

para msotrar gratidão.


No passado se dizia

que esse ron-ron tão doce

era causa de alegria

pra quem sofria de tosse.


Tudo bobagem, despeito,

calunias, contra o bichinho;

esse ron-ron em seu peito

não é doença, é carinho....